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Cairo (Agência Fides) – As milícias xiitas Hezbollah não representam um risco para a estabilidade do Líbano; ao contrário, são ‘necessárias’ para a segurança do Estado libanês e representam uma força ‘complementar’ para as forças armadas nacionais, pois Israel ‘ocupa ainda territórios libaneses e continua a manter controle sobre seus recursos naturais’. É a declaração feita pelo Presidente libanês Michel Aoun, cristão maronita, em entrevista concedida sábado, 11 de fevereiro, ao canal televisivo egípcio CBC, iniciando sua visita ao Egito. “Até quando o exército libanês não possuir a força necessária para enfrentar Israel”, acrescentou o Chefe de Estado libanês, “nós sentimos que as milícias do Hezbollah são necessárias”.
Eles - disse Aoun “vem para completar a força do Exército, e não contradizê-la em tudo”, como evidenciado pelo fato de que “não há resistência armada no território nacional”. Hezbollah - comentou o presidente do Líbano - não é comparável a um exército estrangeiro: as suas milícias foram formadas pelos “habitantes do sul do Líbano” que “se defendem quando Israel os ataca ou tenta invadir suas terras”, e não se pode pedir aos cidadãos libaneses” de entregar suas armas, quando sua terra foi ocupada mais de uma vez desde 1978”. Deixando de usar suas milícias no País dos Cedros, os líderes de Hezbollah, na opinião do presidente libanês, mostraram ser merecedores de confiança, e “não representam uma ameaça para a segurança do Líbano”.
As declarações de Aoun pretendem reacender o debate sobre o eventual desarmamento das milícias do Partido xiita, solicitado pelo partido de apoio a “Coalizão 14 de março”, incluindo o partido sunita “Futuro”, liderado pelo primeiro-ministro Saad Hariri. (GV) (Agência Fides 13/2/2017)