Beirute (Agência Fides) – O Comitê Nacional Libanês para a doação e o transplante de órgãos e tecidos (NOD Líbano) e a Comissão Episcopal para a Pastoral dos Serviços de Saúde do Patriarcado maronita, assinaram quarta-feira, 04, um acordo de cooperação para promover a praxe da doação de órgãos nas instituições de saúde e assistência ligadas à Igreja maronita. O Bispo Maroun Ammar – como Presidente da Comissão Episcopal para a Saúde – e o Dr. Antoine Stephan, Secretário nacional do NOD Líbano, foram os signatários.
O acordo prevê a criação de um comitê misto encarregado de desenvolver programas de sensibilização em nível nacional e formar nas dioceses, paróquias e hospitais pessoal capaz de acompanhar os potenciais doadores em um caminho de discernimento que valorize a opção da doação de órgãos à luz dos ensinamentos da Igreja. A intenção da campanha de sensibilização – explicou em uma coletiva de imprensa padre Edgar Haïby, secretário da Comissão Episcopal para a saúde – é também remover os preconceitos de quem acredita que o cristianismo se oponha à doação de órgãos, mostrando que esta decisão é, ao invés, uma expressão de gratuidade e solidariedade com o próximo.
A chaga do tráfico de órgãos humanos foi várias vezes denunciada também pelo Papa Francisco como uma das “novas escravidões” condenadas na declaração conjunta assinada pelos líderes religiosos convocados em Roma pelo Sucessor de Pedro no último dia 7 de dezembro. Como apurado pela Agência Fides, durante a coletiva de imprensa realizada em Beirute para divulgar o projeto libanês, foi também ressaltado que Irã, Arábia Saudita, Kuait e Turquia registram atualmente um número de doações muito mais elevado do que o Líbano. (GV) (Agência Fides 6/3/2015).