Bangui (Agência Fides) - “Em Bangassou, a situação parece mais tranquila. Os rebeldes, graças à mediação do Card. Nzapalainga, Arcebispo de Bangui, que provavelmente foi determinante, aceitaram depor as armas”, refere à Agência Fides da República Centro-Africana o Pe. Federico Trinchero, missionário carmelita em Bangui.
“O balanço do ataque conduzido por uma centena de pessoas anti-Balaka é, todo caso, alto, embora não como em Alindao (onde pelo menos 150 pessoas morreram entre 7 e 9 de maio em confrontos entre anti-Balaka e ex-rebeldes Seleka, ndr.). Em Bangassou, algumas fontes falam de cerca de 30 mortos, outros até mesmo 60. São situações também nas quais não é fácil fazer um balanço”, afirma o pe. Trinchero. Come referido ontem por Fides, a ONU afirma que as vítimas são 26, enquanto a Cruz Vermelha local afirma que são 150 (veja Fides 17/5/2017).
Também os deslocados são numerosos, certamente são milhares. Alguns atravessaram o rio Oubangui para chegar até a República Democrática do Congo”.
Outro grupo de rebeldes decidiu abandonar a cidade de Niem – mais a oeste em relação a Alindado e Bangassou – que ocupava há cerca de 10 dias e onde houve 12 mortos (mas segundo fontes locais, se fala de 30)”, acrescenta o missionário.
Pe. Federico conclui com uma mensagem de esperança. “Em 16 de maio, passando através do KM5 (o bairro muçulmano de Bangui), na região desabitada e quase destruída pelos eventos de 2013-2014 (praticamente um espécie de terra de ninguém que circunda o km5 como um enclave), vi que estavam reconstruindo uma casa. Não sei se no momento isso acontece graças à contribuição de uma ONG, mas em todo caso é um belo sinal”. (L.M.) (Agência Fides 18/5/2017)