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Santo Domingo (Agência Fides) - “Plan Internacional República Dominicana”, organização que promove os direitos da infância, apresentou recentemente a sua última pesquisa, intitulada: “Caracterização do matrimônio forçado de meninas e adolescentes nas províncias de Azua, Barahona, Pedernales, Elías Piña e San Juan”. O estudo demonstra que o matrimônio infantil não é o fruto de decisões inconscientes dos menores, mas de forças estruturais como a pobreza e a violência doméstica. Seja a República Dominicana, seja a Nicarágua, ocupam o primeiro lugar na América Latina e no Caribe em termos de meninas e adolescentes casadas. Segundo as informações enviadas a Fides, 37% se casam antes de completar 18 anos e 1 adolescente a cada 5, dos 15 aos 19 anos, resulta casada com um homem mais velho de pelo menos 10 anos.
A ong explica que, no país, o matrimônio infantil é associado à violência que sofrem meninas e adolescentes em suas famílias, à pressão por uma gravidez não desejada, à violência nas relações de casal com homens adultos e à ideia de que o matrimônio seja um caminho que lhes permitirá se emanciparem. O estudo demonstra ainda que o matrimônio infantil na República Dominicana é um problema complexo, no qual influem muitas variáveis. As jovens referem que embora nas escolas existam aulas sobre o tema, as mesmas não são frequentadas e fazem referência somente à reprodução e não à sexualidade, à violência ou às relações. Não usufruem de espaços onde possam discutir esses temas sem medo, sentimento de culpa e preconceito.
(AP) (5/5/2017 Agência Fides)