Barahona (Agência Fides) – Por meio de um comunicado publicado ontem, o grupo dos representantes das dioceses de fronteira do Haiti e da República Dominicana, que se reuniram em 21 de março para analisar os problemas comuns (veja Fides 23/03/2017), declarou que a Igreja católica reitera seu compromisso para oferecer aos migrantes indocumentados os serviços de que precisam para obter seus papeis. Este empenho ganhou força na comunhão com o Papa Francisco e com sua mensagem por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2017.
O Bispo da diocese de Barahona, Dom Andrés Napoleón Romero Cárdenas, anfitrião do encontro, foi encarregado de ler o documento e disse: “A nossa Igreja tem a missão de trabalhar pelo bem-estar dos dois povos, de lutar para preservar a harmonia e o respeito pela dignidade dos migrantes, especialmente as crianças, indefesas e sem voz”, que estiveram no centro da mensagem do Papa deste ano.
Os Presidentes das Comissões episcopais para a Pastoral para os Migrantes das Conferências Episcopais dos dois países, Dom Launay Saturné (Haiti) e Diómedes Espinal de León (RD), destacaram que mesmo se tratando de dois países diferentes, eles constituem uma só Igreja e este compromisso não se insere no campo político, mas é um serviço aos irmãos, porque somos todos filhos de Deus.
O documento recebido pela Fides expressa a firme esperança dos Bispos e da Igreja local de que, seja o Presidente Danilo Medina Sánchez (RD), como o seu homólogo haitiano, Jovenel Moïse, mantenham suas promessas eleitorais, para que o povo do Haiti não deva emigrar em busca de melhores condições de vida e o país consiga derrotar a impunidade, a corrupção e os outros problemas sociais. Outro compromisso importante é ligado ao ensinamento nas escolas administradas pela Igreja católica, sempre na perspectiva da acolhida e do apoio aos migrantes.
(CE) (Agência Fides, 24/03/2017)