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Palenque (Agência Fides) - A maioria das mulheres no município mais novo de Cuba, Yateras, todos os dias enfrentam uma série de situações desafiadoras, incluindo montanhas íngremes e vastas plantações de café, com três ou quatro filhos juntos. Os 19.779 habitantes de Yateras se dividem em 4.302 na faixa etária de zero a 14 anos, 12.508 de 15 a 59 anos, e 2.268 de 60 anos para cima. Nos 671 quilômetros quadrados de extensão, a maioria das pessoas se concentram em Palenque e Felicidad, enquanto o restante está espalhado em outras localidades. O baixo índice de fertilidade nacional prejudica o crescimento das adolescentes que não são preparadas biologicamente nem socialmente para a maternidade. É o que referem os especialistas há alguns anos.
As jovens de 15 a 19 contribuem 16% na taxa de fertilidade em Cuba, na mesma proporção do grupo de mulheres que variam de 30 a 34 anos, revela um estudo apresentado recentemente em Havana por duas demógrafas do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). O estudo adverte sobre as gravidezes crescentes na faixa etária entre 12 e 14 anos, que registraram 0,32% em 2010 e chegaram a 0,43% em 2014. Guantánamo e outras quatro províncias orientais mostram os índices de gravidez mais elevados entre os adolescentes, de acordo com o UNFPA, que está implementando um programa especial de prevenção nessas áreas, aquelas com menor desenvolvimento da ilha caribenha de 11,2 milhões de pessoas.
Outro problema do país é a diferença de gênero. De acordo com o último censo de 2012, foram registrados números alarmantes sobre a participação no trabalho remunerado e ao estudo das mulheres rurais, que compõem 21% da população feminina e se concentram no leste de Cuba. 56% se dedicam ao trabalho doméstico, 30% completaram os estudos secundários e 17% os estudos primários, num país onde é obrigatório o nível médio para ter acesso ao emprego estatal. (AP) (11/3/2017 Agência Fides)