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Jerusalém (Agência Fides) – Depois de nove meses de obras, está para acabar, em Jerusalém, o canteiro que circunda a Edícula do Santo Sepulcro. A mídia ligada à Custódia franciscana da Terra Santa informa que os andaimes foram retirados e foi removida também a grade de traves de aço, construída em 1947, durante o Protetorado inglês, para suportar a estrutura arquitetônica que ficou instável após o terremoto de 1927.
Uma celebração ecumênica, prevista para o próximo dia 22 de março, marcará o fim da obra de restauro. Segundo a equipe grega que a realizou, serão ainda necessários mais dez meses de obras e 6 milhões de euros para intervir nas causas – a partir da umidade – que enfraquecem toda a construção do Santo Sepulcro.
As obras de restauro da Edícula do Santo Sepulcro se iniciaram na primavera de 2016. Antonia Moropoulou, docente na National Technical University de Atenas e coordenadora científica do projeto, havia explicado no início das obras que a estrutura da Edícula era estável, mas precisava de urgentes intervenções de requalificação depois de anos de exposição a fatores ambientais como água, umidade e a fumaça das velas. Além disso, deve ser encontrado um sistema não invasivo de sustento das traves de aço, para proteger a Edícula de eventuais abalos sísmicos.
No início das obras, o projeto tinha um custo programado de cerca de 3,3 milhões de dólares, patrocinado pela Igreja católica – através da Custódia da Terra Santa – pela Igreja greco-ortodxa e pela Igreja armênia apostólica. Em abril de 2016, o Rei da Jordânia, Abdallah II, enviou, sob forma de ‘beneficência real’ (Makruma) uma consistente doação pessoal em favor do projeto. Em outubro passado, também o Presidente palestino Mahmud Abbas, como ‘contribuição pessoal’, ofereceu uma doação para financiar as obras de restauro da Edícula do Santo Sepulcro (veja Fides 18/10/2017). Recentemente (veja Fides 28/2/2017) o diplomata Issa Amil Kassissieh, Embaixador do Estado da Palestina junto à Santa Sé, confirmou à Agência Fides que a Santa Sé vai oferecer uma ‘doação significativa’ para contribuir nas obras em andamento seja na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, como na Basílica da Natividade, em Belém. (GV) (Agência Fides 3/3/2017)