Maputo (Agência Fides) - Existem 5.000 deslocados no centro de Moçambique por causa do conflito político e militar entre o principal partido da oposição, RANAMO, e o governo da FRELIMO. A estes se somam os 2.500 refugiados no vizinho Malavi, segundo os últimos dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ( UNHCR).
A RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana) é o ex-movimento de guerrilha que combateu na guerra civil de 1976-1992. Após os acordos de paz de Roma (1992), a RENAMO se transformou em partido de oposição, mas assumiu as armas em 2013 para desafiar a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) que está no poder desde a independência, em 1975.
Os rebeldes cometem ataques nas ruas principais e por vezes nas aldeias, principalmente no centro do país, e acusam o exército de querer assassinar seu líder, Afonso Dhlakama, que se esconde em seu reduto na montanha de Gorongosa desde outubro de 2015.
A crise política e militar se transformou em conflito latente, com um ápice de tensão no início de 2016, não obstante a retomada das negociações, em fins de maio, entre a RENAMO e governo. (L.M.) (Agência Fides 30/11/2016)