Jerusalém (Agência Fides) – Diversas milhares de mulheres se reuniram nos últimos dias diante da residência do premiê israelense, em Jerusalém, para pedir a paz na Terra Santa. São expoentes do novo movimento chamado “As mulheres fazem a paz”. A Caritas Jerusalém, por sua vez, lançou o programa de “peregrinações-parcerias” entre as paróquias da Terra Santa e as dioceses italianas e de outras nações europeias, auspiciando que a viagem aos lugares santos não seja apenas uma experiência de fé e espiritualidade, mas também ocasião de fraternidade com todas as pessoas que habitam hoje esta terra. Estas últimas iniciativas têm como objetivo atrair a atenção para a urgente retomada das negociações de paz para a Terra Santa.
Como apurado pela Fides, nos últimos dias, diante da residência oficial de Benyamin Netanyahu, foi pedida a retomada nas negociações de paz na Terra Santa, atualmente paralisadas. O grupo de mulheres, que manifestou durante vários dias, foi-se gradualmente ampliando. Dentre as integrantes, estava lá a liberiana Nobel da Paz, Leymah Gbowee, que levou a sua mensagem ao governo israelense, pedindo que “reabra a mesa de negociações”.
Na segunda iniciativa ligada às peregrinações à Terra Santa, pe. Raed Abusahlia, diretor da Caritas Jerusalém, assinalou recentemente que “os israelenses continuam a construir colônias nos territórios ocupados; e Jerusalém está fechada a todos os palestinos, sejam muçulmanos como cristãos. O processo de paz está parado. Os palestinos estão prontos para as negociações, desde que sejam detidas as construções de novas colônias. Porque a base do processo de paz é “land for peace”, terra em troca de paz: os israelenses devem deixar os territórios palestinos ocupados na Guerra dos Seis dias em 1967. Se o processo de paz prevê isso, por que continuam a construir colônias nos territórios palestinos ocupados? Quer dizer que não querem a paz”. Neste cenário, “os cristãos são construtores de pontes” e continuam a trabalhar incansavelmente pela paz: neste sentido, nasceu o programa das “peregrinações-parcerias” que, como diz o diretor, são “ocasiões de caridade”. (PA) (Agência Fides 22/10/2016)