Lusaka (Agência Fides)- A autoridade das telecomunicações de Zâmbia suspendeu a licença de uma rede de televisão e de duas emissoras de rádio ligadas à oposição, afirmando que constituíram um risco para a paz e a estabilidade durante a campanha eleitoral para as eleições presidenciais e parlamentares de 11 de 11 agosto, vencidas com pequena margem pelo Presidente em fins de mandato, Edgar Lungu.
Seu rival Hakainde Hichilema fez recurso, afirmando que as eleições foram fraudados.
As emissoras vítimas desta medida são a TV, principal canal de TV particular do país, Komboni Rádio e Rádio Itezhi Tezhi.
Antes do voto, Dom Evans Chinyama Chinyemba, OMI, Bispo de Mongu, denunciou a mídia controlada pelo Estado por comportamento incorreto, pois teria feito campanha eleitoral para o partido do governo (veja Fides 4/8/2016).
Em sua carta pastoral sobre as eleições, os Bispos locais exortaram todos os cidadãos de Zâmbia a “compreenderem que o voto é um de seus direitos e deveres fundamentais. É também um dever cristão. Rezamos para que todo cidadão vote com espírito de honestidade, evitando propinas e enganos. Rezamos para que os eleitores, os líderes dos partidos e seus funcionários tenham em seu coração a paixão necessária e o compromisso de construir a paz, evitando toda forma de violência”.
Zâmbia, cuja maior fonte de entradas são as exportações de cobre e manganês, está atravessando uma grave crise econômica devido à queda dos preços das matérias-primas, que provocou o fechamento de minas, o aumento do desemprego e dos preços dos alimentos. (L.M.) (Agência Fides 24/8/2016)