San José (Agência Fides) - O último grupo de 80 cubanos, das milhares de pessoas que tinham sido detidas na Costa Rica desde novembro passado, parte hoje para o México para retomar a sua migração para os Estados Unidos, como informa a Comissão de Emergência Nacional (CNE) de Costa Rica na nota enviada à Agência Fides. O grupo partirá de avião rumo a Nuevo Laredo, México, e de lá será transportado para a fronteira com os Estados Unidos, onde esperam obter a cidadania, tal como previsto pela Lei de Ajuste Cubano. A CNE informa que desde novembro passado envolveu 44 hotéis para prestar assistência humanitária a cerca de 5.500 imigrantes cubanos. A crise de migração começou em 15 de novembro, quando a Nicarágua fechou a fronteira aos cubanos (veja Fides 3/12/2015; 28/12/2015). A Costa Rica concedeu 7.802 vistos temporários aos migrantes cubanos que tinham sido bloqueados em seu território. Em 18 de dezembro de 2015, decidiu não conceder mais vistos porque tinham esgotado a sua capacidade de fornecer assistência humanitária. Após semanas de negociações, Costa Rica alcançou um acordo, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM), com El Salvador, Guatemala e México para o trânsito dos cubanos por esses países em sua viagem para os Estados EUA. Os Bispos do Secretariado Episcopal da América Central definiram esta situação “uma questão humanitária”, solicitando uma “solução humanitária” do Primeiros-Ministros das Relações Exteriores da América Central (veja Fides 25/11/2015).
De acordo com dados do Departamento de Imigração da Costa Rica, saíram do país 4.346 imigrantes cubanos dos 7.802 que receberam o visto de trânsito. O governo pressupõe que os que faltam tentaram chegar de alguma aos Estados Unidos confiando nos traficantes de pessoas. (CE) (Agência Fides, 15/03/2016)