Kasur (Agência Fides) – Converter-se ao Islã ou sofrer contínuas ofensas, violências e moléstias: é o que foi imposto ao cristão Patras Hanif, pai de cinco filhos, vítima de abusos no local de trabalho. Patras, operário em uma obra de Multan, em Punjab, foi constantemente ameaçado, discriminado e torturado psicologicamente por outros trabalhadores que queriam convertê-lo ao islã. Exausto, Patras, pensou até em suicidar-se. “Chamavam-me continuamente ‘kafir’, ou seja, infiel, e ameaçavam recorrer a falsas acusações de blasfêmia se não aderisse ao islã” contou Patras ao advogado cristão Sardar Mushtaq Gill, a quem pediu assistência legal.
“Extremismo, ódio gratuito, motivado apenas por uma crença diversa, hostilidade e preconceitos: é o que sofrem os cristãos no Paquistão. Grupos extremistas islâmicos têm intenção de eliminar o cristianismo e outras religiões, e infelizmente este vírus por vezes se insinua na sociedade, nas pessoas normais: assim nascem casos como o de Hanif” explica à Fides o advogado Gill.
“Este extremismo é a causa do êxodo das minorias religiosas do Paquistão. Os líderes políticos e religiosos islâmicos deveriam desencorajar publicamente estas atitudes e iniciar, com mais convicção, programas de harmonia religiosa, recordando que todos os cidadãos têm iguais direitos e dignidade”, acrescentou Gill.
(PA) (Agência Fides 3/2/2016)