ÁSIA/TERRA SANTA - “Nova” sigla jihadista ameaça os cristãos de Jerusalém

Sábado, 27 Junho 2015

Jerusalém (Agência Fides) – Alguns panfletos contendo ameaças contra os cristãos de Jerusalém e assinados por uma organização até agora desconhecida que se define “Estado Islâmico na Palestina”, com a intenção clara de evidenciar a própria filiação ou contiguidade ao Estado Islâmico, foram encontrados na noite de quinta-feira, 25 de junho, em alguns bairros árabes da parte oriental da Cidade Santa. Segundo os meios de comunicação israelenses, nos panfletos, que contêm o logotipo do Estado Islâmico, os cristãos de Jerusalém foram ameaçados de morte se não deixarem a cidade até 18 de julho, dia em que se realiza este ano a festa de Eid al Fitr, encerramento do mês santo do Ramadã. Na mensagem, que também ameaça o Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, os cristãos são definidos como “agentes de Israel”. A intimidação contida nos opúsculos provocou imediatas reações de Michel Sabbah, Patriarca emérito de Jerusalém dos Latinos, e do Arcebispo Theodosios de Sebastia, do Patriarcado greco-ortodoxo de Jerusalém. “Não se sabe quem distribuiu os folhetos”, declara à Agência Fides pe. Raed Abusahliah, Diretor geral da Caritas Jerusalém “e francamente não sentimos pressão destes grupos de desiquilibrados. Certamente o episódio semeou preocupação em meio a uma parte dos cristãos. Alguns se perguntam: como é possível que estes loucos chegaram até aqui?” Padre Raed observa que “as reações dos muçulmanos chegaram antes das dos cristãos: muitos líderes muçulmanos condenaram as ameaças dos panfletos e disseram que seriam os primeiros a defender seus irmãos cristãos se acontecesse alguma coisa. Enquanto isso, muitos cristãos disseram que jamais deixarão a terra de Cristo, onde nasceram, mesmo se ameaçados”. O Diretor da Caritas Jerusalém nota ainda que “estas siglas e grupos podem ser apoiados e infiltrados por forças que atuam na sombra, como se vê também pelo que está acontecendo no Iraque e na Síria. Agora, alguns querem mostrar que os cristãos são frágeis e precisam de alguma forma de ‘proteção’, evidentemente interessada”. (GV) (Agência Fides 27/6/2015).


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