Marianella (Agência Fides) – “A nossa vocação profética nos leva a denunciar a intolerância, o uso da violência, o conflito entre irmãos, a imposição com a força, o medo, as perseguições e as detenções: são contrários à dignidade de cada pessoa e ao exercício de seus direitos fundamentais”, se lê no comunicado intitulado "Solidários com a Venezuela", que a Congregação do Santíssimo Redentor publicou na conclusão da IV Assembleia da Conferência dos Redentoristas da América Latina e do Caribe, realizada nos dias 22 e 23 de maio em Marianella, na Colômbia.
“Como missionários redentoristas, não podemos fechar os olhos para aquilo que está acontecendo na Venezuela. Acompanhamos com dor o sofrimento de tantos irmãos por causa da violência desmedida por parte do governo. Estamos preocupados com as medidas extremas de pressão social sobre muitas pessoas que colocam em perigo a própria integridade e a própria vida. Este longo conflito está causando feridas que serão difíceis de curar”, se lê no comunicado enviado a Fides.
"Aos que governam, recordamos que ninguém tem o direito de se apropriar de todos os poderes. Os princípios de independência, separação, coordenação e cooperação são essenciais para a sobrevivência da democracia, dos direitos constitucionais e do bem comum", afirmam os redentoristas, que estão presentes no país seja em locais de missão, seja nas cidades.
Os redentoristas, mais de cinco mil missionários no mundo, estão na América Latina com uma presença numerosa. A IV Assembleia dos membros latino-americanos trabalhou para aplicar as conclusões do Capítulo Geral de 2016, sobre o lema “Testemunhas do Redentor, solidários pela missão num mundo ferido”.
Enquanto isso, na Venezuela, continuam as manifestações contra o governo do presidente Maduro. Recentemente, houve mais duas vítimas, uma em Maracaibo e outra em Ciudad Bolivar, atingidas por disparos. Com elas, sobe para 63 o número das vítimas nos protestos antigovernamentais que se realizam na Venezuela desde o início de abril. Ontem, em Caracas, deveria se realizar uma manifestação de opositores, mas foi impedida pelas forças de segurança antes mesmo que partisse de vários pontos da cidade. Os alunos de uma escola local foram evacuados depois que nuvens de lacrimogêneo invadiram o pátio durante o intervalo.
(CE) (Agência Fides, 26/05/2017)