ÁSIA/IÊMEN - Os assaltos a hospitais e centros de saúde afetam principalmente as crianças

Quinta, 4 Maio 2017

IRIN Photos

Sanaa (Agência Fides) - Os ataques contínuos a hospitais e centros de saúde no Iêmen continuam piorando sobretudo o bem-estar de meninas e meninos. A denúncia, enviada à Agência Fides, vem da sociedade civil que no relatório de Watchlist descreve em detalhes uma série de ataques sistemáticos contra estruturas médicas e denuncia o acesso restrito à assistência. De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, entre março de 2015 e março deste ano, houve pelo menos 160 ataques a centros de saúde e seus funcionários, ameaças e bombardeios até restrições de acesso a entrega de remédios. O acesso limitado a tratamentos que salvam vidas pioram os problemas de saúde no país.
Segundo o departamento das Nações Unidas para assuntos humanitários (OCHA), mais da metade da população do Iêmen, incluindo 8,1 milhões de meninos e meninas, não têm acesso à assistência médica, em aumento de mais de 70% em relação ao início do conflito em março de 2015. No mês de novembro de 2016, havia um leito de hospital para cada 1.600 pessoas e cerca de 50% das estruturas de saúde não funcionavam. A interrupção dos programas de vacinação aumentaram o risco de doenças evitáveis como a poliomielite e sarampo. Segundo o Unicef, no Iêmen morre por doença evitável uma criança a cada 10 minutos.
O país está prestes a declarar estado de carestia de 14 milhões de pessoas que sofrem de insegurança alimentar. Além disso, cerca de 70% da população precisa de todo tipo de assistência humanitária. (AP) (4/5/2017 Agência Fides)


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