Kinshasa (Agência Fides) - “Estamos profundamente entristecidos pela multiplicação de focos de insegurança e violência dispersos em quase todo o território nacional, o que faz pensar numa ‘balcanização’ da República Democrática do Congo” afirmam os Bispos congoleses na mensagem enviada à Agência Fides.
Os Bispos citam as seguintes áreas de crise:
1) O Kivu do Norte, martirizado por contínuos massacres de povos tribais atribuídos a presumíveis rebeldes do ADF/NALU no Território de Beni e ataques de grupos étnicos no Território de Lubero e de Rutshuru. Preocupa também o retorno dos ex-rebeldes do M23;
2) O Tanganyika, marcado por atritos sangrentos entre Bantu e Batwa (pigmeus), com consequente deslocamento forçado da povoados e abandono de cultivos;
3) O Kasai, Kasai-Central e Kasai-Oriental, abalados por ataques continuados de milícias que lideradas pelo chefe tradicional Kamwina Nsapu (veja Fides 27/2/2017);
4) O Kongo Central está abalado pelo fenômeno místico-político Bundu dia Mayala com consequentes confrontos mortais;
5) A capital, Kinshasa, registra atos de vandalismo e assassinatos durante manifestações.
Também a Igreja sofreu atos de vandalismo desde o início do ano. Foram saqueados o Seminário Maior de Malole em Kananga e as paróquias de Saint-Dominique em Kinshasa-Limete, Saint-Kizito e Saint-Martin em Lubumbashi, Bon Pasteur em Boma, Sainte Marie de Lukalaba em Mbujimayi na diocese de Luiza: Saint-Matthias em Mubinza, Saint-Jean em Yangala, Sainte-Thérèse em Dibandisha e Saint-Boniface em Ngwema. (L.M.) (Agência Fides 28/2/2017)