Manágua (Agência Fides) – Aumenta a expectativa pelo "Memorándum de entendimiento" que a Organização dos Estados Americanos (OEA) deve assinar até 28 de fevereiro com o governo de Daniel Ortega, indicando as ações a serem empreendidas para reforçar as instituições democráticas. Por parte da oposição, segundo informa uma nota recebida pela Fides, há muito pessimismo depois que em 20 de janeiro (veja Fides 26/01/2017) o relatório público que avaliava o andamento das últimas eleições e o exercício da democracia no país ignorou completamente a contribuição de alguns setores, como os representantes dos camponeses e a Igreja católica.
O relatório de 20 de janeiro foi a primeira resposta aos acordos de outubro de 2016, quando a OEA alertou o governo de Ortega sobre sua ação como observadora privilegiada das eleições vencidas pelo próprio Ortega.
Em 28 de fevereiro, o governo da Nicarágua e a OEA assinarão o "Memorándum de Entendimiento" que prevê, em três anos, a realização de iniciativas específicas “no que diz respeito às atividades de monitoração das eleições municipais de novembro de 2017, a melhoria do sistema de representatividade política e os mecanismos legais para reforça-la”, consta na nota recebida pela Fides.
Alguns membros da oposição disseram que vão aguardar o dia 28 para se pronunciar, afirmando: “Esperamos que a OEA não perca a oportunidade de trabalhar em favor da democracia da Nicarágua”.
Hoje, a Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) se reúne para sua Assembleia, durante a qual deve refletir sobre o programa para o ano 2017, enquanto a comunidade católica aguarda sempre uma palavra de orientação diante da situação que o país está vivendo.
(CE) (Agência Fides, 20/02/2017)