AMÉRICA/HONDURAS - Bispos “próximos da dor de crianças e adolescentes obrigados a emigrar”

Sexta, 23 Dezembro 2016 migrantes   meninos de rua   conferências episcopais  

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Crianças e adolescentes forçados a emigrar

Tegucigalpa (Agência Fides) – A Conferência Episcopal de Honduras pediu aos políticos que se aproximem da realidade do povo hondurenho e ofereçam propostas para deter a desigualdade, a exclusão e a corrupção no país. O pedido é um dos quesitos evidenciados na declaração assinada ontem, depois da reunião ordinária da Conferência Episcopal que se concluiu em Tegucigalpa.
Os futuros candidatos à cargos eletivos “deveriam se aproximar da realidade de nosso povo para analisar, propor e oferecer alternativas para superar a desigualdade e a exclusão, e libertar-nos da corrupção”, afirma a nota enviada pela Fides.
Os Bispos recordam que 2017 será um ano político, porque em 12 de março haverá eleições primárias e em novembro, gerais. “Feliz ano político a todos vocês (...). Será um bom ano se os cidadãos assumirem a responsabilidade do bem comum, de informarem as propostas e os projetos para controlar o que foi prometido e não se deixar levar por ofertas ou palavras enganosas que podem parecer magia”, escrevem.
Na conclusão do comunicado, os Bispos de Honduras expressam preocupação pela ‘dor’ de muitos hondurenhos, principalmente crianças, ‘obrigados a emigrar, expostos à exploração e à violência em suas viagens, mal pagos ao chegar ao destino, e a criminalizados pela arrogância daqueles que aproveitam de seu suor”. Por isso, se comprometem em ‘reforçar’ a Pastoral da Mobilidade Humana, para que às crianças e aos adolescentes que emigram, ‘vulneráveis e sem voz’, cheguem ‘o amor e a proximidade de toda a comunidade’. Segundo dados oficiais, 10.468 menores hondurenhos não acompanhados conseguiram atravessar o confim entre México e Estados Unidos em 2016. Este número é 93,5% maior do que os 5.409 que entraram neste país em 2015.
(CE) (Agência Fides, 23/12/2016)


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