Kinshasa (Agência Fides) - A população de Kinshasa participou maciçamente do apelo por um dia de ‘cidade morta’, lançado pela oposição que não assinou o acordo com a maioria presidencial para promover eleições presidenciais em 2018 (veja Fides 18/10/2016).
Segundo notícias recebidas pela Agência Fides, ontem, 19 de outubro, em boa parte dos bairros da capital da República Democrática do Congo, ruas e praças estavam desertas. O comércio permaneceu fechado e circularam apenas meios de transporte públicos, vazios. Muitas escolas ficaram fechadas e as abertas, em muitos casos mandaram seus alunos de volta para casa. Também em Mbuji-Mayi, reduto da oposição, a iniciativa teve sucesso, enquanto parece ter sido ignorada pela população de outras cidades da RDC.
O dia ‘cidade morta’ foi convocado pelo “Le Rassemblement”, um grupo de partidos da oposição que apoiam o candidato Étienne Tshisekedi, para enviar uma advertência ao Presidente Joseph Kabila, a dois meses do fim de seu segundo e último mandato (19 de dezembro). Inspirando-se em uma imagem esportiva, “Le Rassemblement” enviou ao Presidente em fins-de-mandato um ‘cartão amarelo’ recordando-lhe que a partir de meia noite de 19 de dezembro não será mais Chefe de Estado.
O acordo alcançado com uma parte da oposição prevê, ao contrário, que Kabila permaneça no poder até as eleições presidenciais, previstas, provisoriamente, para a primavera de 2018. (L.M.) (Agência Fides 20/10/2016)