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Abu Dhabi (Agência Fides) – Os governantes dos Emirados Árabes Unidos decidiram criar um “Ministério da felicidade e da tolerância”. A nova instituição nasce no âmbito da mais ampla reorganização do quadro governamental realizada desde que o país foi instituído, 44 anos atrás. A instituição do novo ministério ocorreu através de um decreto real assinado por Mohammed bin Rashid al-Maktum, Governador de Dubai e Primeiro-Ministro do país.
“É o início de uma nova viagem rumo a novas aquisições, em benefício do povo: pedimos a Deus que nos ajude a servi-lo e cuidar dele”, escreveu o Primeiro-Ministro numa mensagem divulgada através de sua conta no Twitter. A missão do novo ministério – referem fontes consultadas por Fides – consiste em harmonizar os programas governamentais, mantendo como objetivo o alcance da felicidade por parte da população. Para este fim – acrescentou o Primeiro-Ministro Mohammed bin Rashid al-Maktum em algumas declarações divulgadas através das mídias sociais –, o novo ministério terá a tarefa também de “afirmar a tolerância como valor fundamental da sociedade dos Emirados Árabes Unidos”.
Em 12 de junho passado, uma igreja católica dedicada a São Paulo foi inaugurada em Mussaffah, subúrbio de Abu Dhabi, na presença do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado vaticano. Um dia antes, nas cerimônias de inauguração participou também o Ministro da Cultura, Nahyan bin Mubarak, que no seu discurso descreveu a abertura da nova igreja como sinal da “tolerância religiosa” dos líderes nacionais. Naquela mesma ocasião, o Card. Parolin notou que a consagração e a dedicação de um nova igreja representa também “um sinal da vitalidade” da comunidade eclesial local, e o Bispo Paul Hinder, OFM, Vigário apostólico para o sul da Arábia, expressou gratidão “pela estabilidade e a paz de que nós gozamos neste país”. Nos Emirados Árabes Unidos vivem cerca de 900 mil católicos: a comunidade é constituída por trabalhadores migrantes provenientes em grande parte de outros países da Ásia, a começar pelas Filipinas e pela Índia. (GV) (Agência Fides 10/2/2016)