Medici con l'Africa Cuamm
Freetown (Agência Fides) - Um ano e 5 meses, 14.222 casos registrados e 3.955 mortos, somente em Serra Leoa: estes são os dados da epidemia que parecia ter acabado em novembro passado. Justamente ontem, 15 de janeiro, chegou a notícia de uma nova morte. Trata-se de um caso identificado post mortem, um teste efetuado em uma jovem de 22 anos morta no distrito de Tonkolili, na cidade de Magburaka, centro do país, não muito distante de Lunsar, aonde a ONG Médicos com a África Cuamm está engajada no território. Em uma nota enviada à Agência Fides, o coordenador do Cuamm no país declara: “era uma possibilidade que nós esperávamos que não se realizasse, mas conscientes de que poderíamos ter novos casos positivos, continuamos a manter um sistema de monitoração elevado”.
Este sistema prevê que todos os corpos sejam submetidos ao teste Ebola. Na jovem, o teste foi realizado 3 vezes por cautela, pois a equipe médica queria ter a certeza de que não se tratasse de um erro”.
O comunicado do Cuamm informa ainda que uma equipe da OMS já foi enviada a Kambia para indagar sobre o contágio, enquanto em Magburaka já foi ativado o contact tracing para procurar os contatos e deter tempestivamente a eventual difusão do contágio. Este novo caso é um alarme que convida a não reduzir o estado de atenção, principalmente aos agentes de saúde, como os médicos do Cuamm engajados diariamente no território. Quando teve início a epidemia, em 2014, o Cuamm decidiu permanecer e empenhar-se junto à população no combate a este terrível flagelo. O Hospital de Pujehun nunca fechou e simultaneamente foram abertas duas unidades de isolamento em Pujehun e Zimmi. Foi fundamental o investimento nos ‘contact tracer’: um grupo de jovens que percorreu amplamente o território com suas motos, telefones celulares e blocos de notas, cadastraram todos os contatos dos novos contagiados. No total, foram colocadas em isolamento mais de 1.200 pessoas e assim, foi possível conter o contágio, fazendo de Pujehun o primeiro distrito do país a ser declarado ‘Ebola Free’.
(AP) (16/1/2016 Agência Fides)