Bujumbura (Agenzia Fides) - “Em Bujumbura, a situação está relativamente calma, mas é impossível acessar alguns bairros e está interditada a importante estrada que conduz da capital ao interior do país”: é o que dizem fontes locais da Agência Fides na capital do Burundi, que por razões de segurança, querem permanecer anônimas.
O governo afirmou durante a cúpula da União Africana, realizada na África do Sul e dedicada à crise no Burundi, que está fazendo o possível para resolver o impasse, surgido devido à decisão do atual Presidente Pierre Nkurunziza de se candidatar para as eleições e obter o terceiro mandato, violando a Constituição.
“A oposição e a sociedade civil contestam as afirmações do Presidente diante dos outros líderes africanos”, dizem fontes da Fides. A União Africana decidiu o envio ao Burundi de especialistas militares e observadores de direitos humanos para verificar o processo de desarme das milícias e o comportamento da polícia.
“A população vive com medo e muitos burundineses tentam fugir ao exterior”, destacam nossas fontes. “Segundo dados de agências humanitárias, estão na Tanzânia 54 mil refugiados burundineses, em Ruanda cerca de 25 mil, na República Democrática do Congo cerca de 28.000 e de 7 a 8 mil em Uganda. Estes números devem ser vistos como em aumento, porque muitos refugiados estão hospedados em albergues e casas particulares, com amigos ou parentes”, dizem as fontes. “A situação está paralisada. Esperamos, contra qualquer esperança”, concluem. (L.M.) (Agência Fides 16/6/2015)