Mosul (Agência Fides) - Os milicianos do Estado Islâmico (IS) que desde junho passado controlam Mosul devastaram o mais antigo cemitério cristão da cidade, publicando na internet as fotos da destruição de lápides e cruzes como prova documental da campanha para "erradicar símbolos pagãos".
As fotos de túmulos profanados foram publicadas em vários sites jihadistas. O cemitério está localizado na Catedral sírio-ortodoxa, dedicada a São Tomé Apóstolo, e também abrigava muitos túmulos de soldados cristãos que morreram durante a guerra Irã-Iraque dos anos oitenta.
Na quarta-feira, 15 de abril, na Galiléia, tinham sido vandalizados os túmulos do cemitério maronita na vila de Kufr Bir'im, não muito longe da fronteira entre Israel e Líbano. Kufr Bir'im é uma aldeia abandonada desde 1948, quando a população árabe foi expulsa pela ofensiva do exército israelense. No ano passado, durante sua visita à Galiléia, o Patriarca Maronita Bechara Boutros Rai também visitou a aldeia fantasma, se comprometendo a incentivar o regresso dos cristãos expulsos em 1948 e seus descendentes. Em comunicado, o Conselho das Igrejas católicas da Terra Santa condenou a devastação do cemitério cristão, pedindo que seja realizado um sério inquérito para identificar os autores. A polícia israelense abriu um inquérito contra desconhecidos sobre a profanação dos túmulos no cemitério maronita. Em Israel, uma longa série de profanações e gestos de intimidação contra mosteiros, igrejas e cemitérios cristãos foi perpetrada por grupos de colonos judeus extremistas desde fevereiro de 2012. (GV) (Agência Fides 17/4/2015).