Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Matagalpa (Agência Fides) – A notícia sobre a possibilidade de renovar o título eleitoral somente até 31 de dezembro gerou longas filas diante das sessões do Supremo Tribunal Eleitoral (CSE). Na Nicarágua, as eleições gerais serão em 2016, mas na vida cotidiana, o título de eleitor é o primeiro documento oficial válido para tudo e para todos. Tornou-se quase uma obrigação que todo cidadão nicaraguense possua um título válido e renovado. O Bispo de Matagalpa, Dom Rolando José Álvarez Lagos, considera o problema do título eleitoral na Nicarágua como “um problema histórico” e afirmou: “A emissão do documento deve ser gratuita, e pode ser feita apenas pensando nas próximas eleições. Acredito que não deve haver obstáculos à democracia. Quando se quer impedir um processo democrático, pode-se iniciar facilmente com uma série de pedidos de pagamentos ou procedimentos burocráticos para ofuscar o processo eleitoral”. Em um vídeo enviado à Agência Fides pela LPTV Nicarágua, Dom Álvarez Lagos declarou que “são muitos os que ainda não validaram o documento, ou que ainda falta a regularização; que podem tranquilamente constituir uma tendência no momento das eleições”. Dom Jorge Solórzano Pérez, Bispo de Granada e Secretário geral da Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN), destacou que: “o povo não tem o necessário para comer, como pode pagar o custo da renovação do título? Muita gente não tem trabalho! Os responsáveis do Conselho Eleitoral devem refletir sobre esta situação, a partir de agora!”. (CE) (Agência Fides, 05/12/2014)
