Madinat al-Kuwait (Agência Fides) – Em todo o Kuwait, as escolas abriram em setembro, mas mais de mil menores da comunidade árabe apátrida, conhecida como bidoon (sem nacionalidade), foram excluídos das aulas por não possuírem certidão de nascimento. O Estado se recusa em expedir certidões a crianças apátridas, negando, desta forma, a sua existência desde o nascimento. O problema dos bidoon no país é antigo e o Governo está buscando estratégias diferentes para isolar o ostracismo em relação aos membros deste grupo. A exclusão das crianças das escolas fundamentais está se verificando justamente no ano letivo sucessivo ao ano em que algumas jovens diplomatas na escola superior eram bidoon e não lhes foi concedido acessar às universidades do Kuwait. Sem o direito de frequentar escolas públicas e em grande maioria sem disponibilidade de pagar educação particular, os jovens bidoon podem aspirar apenas a um emprego com salário mínimo. Deste modo, se abre caminho ao analfabetismo, ao desemprego, à venda de drogas, ao crime e ao rancor pela sociedade. A Sociedade dos professores do Kuwait lançou uma iniciativa chamada Katateeb Al Bidoon, que propõe aos educadores dar aulas aos pequenos bidoon na sede da Sociedade. Muitos aderiram e diversas crianças se apresentaram de uniforme, com seu almoço e muita vontade de aprender. No mês de outubro, houve diversas formas de protesto diante do Ministério da Educação do país pedindo o retorno das crianças bidoon às escolas. (AP) (22/11/2014 Agência Fides)