Foya (Agência Fides) – No Centro de Tratamento para o ebola com 100 leitos administrados pela Ong Médicos Sem Fronteiras, no norte da Libéria, cerca de dois terços dos casos não sobreviveram ao vírus. Os pacientes se reúnem sentados em bancos de madeira e cadeiras de plástico. A rádio transmite em alto volume o Azonto, música típica do Gana. As pessoas estão enfraquecidas, passam muito tempo na cama enquanto o sistema imunitário tenta combater o vírus. Dentre as várias tragédias desencadeadas pelo ebola, finalmente a boa notícia de um garoto de onze anos que, com otimismo e alegria, derrotou a doença. Internado no centro desde o mês de agosto, tinha resultado negativo ao teste, mas durante a noite começou a sentir alguns sintomas típicos do vírus e no dia seguinte foi internado. Segundo o testemunho de um médico da Ong MSF recém chegado de Foya, o garoto tinha sido claramente afetado pelo ebola e resultou positivo à malária. Os médicos o curaram com multivitaminas, paracetamol, soluções orais para reidratá-lo, antibióticos e comprimidos anti-malária. Também no segundo teste a criança resultou positivo, mas ele continuava a brincar e a correr por todo o Centro. “E o terceiro teste também deu positivo”, continua o médico. “Mas era a sua atitude a ser decididamente excepcional. Todos os dias, o menino difundia um espírito de alegria seja entre os pacientes, seja entre os funcionário de MSF. Estava sempre sorridente e feliz”. Em setembro, o quarto teste voltou do laboratório de Gueckedou, na Guiné, e foi negativo. Assim que ficou sabendo da bela notícia, o menino saiu correndo do Centro gritando de alegria, sem se conscientizar realmente da batalha que conseguiu vencer. MSF tem atualmente 41 agentes internacionais e 444 nacionais trabalhando em Foya. A ong desempenha também uma série de atividades de sensibilização, como a promoção da saúde, as práticas de sepultura com segurança e um serviço de ambulância. No hospital da vizinha Voinjama, se ocupa da formação do pessoal do Ministério da Saúde sobre os corretos procedimentos para a consulta e a internação dos pacientes. (AP) (11/10/2014 Agência Fides)