Manágua (Agência Fides) – “A Nicarágua é um país cujo futuro é repetir o passado, é um país cheio de contradições e no qual não se sabe o que é verdade e o que é falso”, afirmou à imprensa local o Bispo auxiliar de Manágua, Dom Silvio Baez. “Por um lado, o governo prega a paz e o amor, e por outro, seus subordinados combatem os adversários com métodos violentos”, acrescentou Dom Baez.
Depois do episódio de 19 de julho, quando um grupo paramilitar atacou defensores do governo deixando cinco mortos e 19 feridos (veja Fides 22/07/2014), o exército e a polícia nacional iniciaram a busca de culpados com métodos violentos.
Dois dias depois do ataque, o presidente Ortega havia dito ao país que não se pode percorrer “o caminho da vingança, porque seria trair o compromisso pela paz”.
No dia 31 de julho, a Conferência Episcopal da Nicarágua publicou um comunicado pedindo às autoridades e ao exército que desempenhassem seu trabalho de modo justo e conforme ao respeito dos direitos humanos: “exortamos a agir respeitando os direitos humanos e sem utilizar algum tipo de pressão, intimidação, tortura e violência, contra qualquer um”.
(CE) (Agência Fides, 8/08/2014)