ÁFRICA/COSTA DO MARFIM - Situação ainda bloqueada na Costa do Marfim

Abidjan (Agência Fides) – Permanece bloqueada a situação política na Costa do Marfim, apesar dos esforços de mediação de uma delegação da CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) constituída pelos Presidentes do Benin, Serra Leoa e Cabo Verde, e pelo Primeiro- Ministro do Quênia, Raila Odinga, representando a União Africana.
A crise marfinense começou depois que o atual presidente Laurent Gbagbo se recusou a reconhecer a vitória de Ouattara no segundo turno das eleições presidenciais de 28 de novembro. Desde dezembro, o país tem dois presidentes e dois governos. Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional, vive bloqueado no quartel general num hotel em Abidjan, a capital administrativa, enquanto Gbagbo está no Palácio Presidencial.
Na terça-feira, 4 de janeiro, Gbagbo propôs a possibilidade de um diálogo, mas os partidários de Ouattara rejeitaram a oferta, definindo como prévia condição para qualquer negociação o reconhecimento por parte de Gbagbo da eleição de Ouattara como presidente do país.
Embora formalmente a opção de uma intervenção militar da CEDEAO continua sobre a mesa (mas muitos especialistas a consideram impossível), se tenta tirar a gestão das finanças estatais de Gbagbo. Ele, porém, ainda parece controlar a exportação do setor de cacau, a riqueza tradicional da Costa do Marfim. (L.M.) (Agência Fides 5/1/2011)