Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Montevidéu (Agência Fides) – “Torcedores, jogadores, treinadores, jornalistas, patrocinadores e símbolos de diversos países se cruzam nas ruas e estádios da África do Sul, como ‘concorrentes’ das Nações Unidas: assim começa a carta de Dom Pablo Galimberti, Bispo de Salto – cuja copia foi enviada à Agência Fides – que quer ser um testemunho do valor do esporte por ocasião do início do Campeonato Mundial de Futebol.
“O jogo prevê um confronto, apostas, a simulação, na qual o adversário representa desafios e obstáculos a superar. Assim, ninguém fica de fora e nos sentimos todos, de certa forma, dentro deste movimento, seja em um estádio, na ação social ou na solidão de cada dia” – escreve Dom Galimberti, que continua: “Os grandes jogos públicos tinham no passado, uma poderosa influencia social e psicológica. A seu redor, se cristalizava um sentimento cívico e nacional. Foram a relação que uniu comunidades. Influenciavam a vida pessoal e pública, e distinguia dos ‘bárbaros’.Na história, durante o período dos jogos, foram suspensas as guerras, as execuções capitais e até mesmo os seqüestros judiciais. Era um tempo de trégua; dias dedicados aos deuses padroeiros das cidades e confederações”.
Enfim, Dom Galimberti nota: “Os jogos podem também assumir o valor de uma oferta. Os jogadores podem competir em habilidade e força, e este dispêndio de energia, fadiga, suor e lágrimas podem também ser oferecidos ou dedicados a uma pessoa querida ou a um ser superior. Algo de semelhante acontece no fim de uma partida ou competição, quando o vencedor dedica a vitória à mãe ou a Deus. Esperamos que algo parecido aconteça também nestes dias”.
(CE) (Agência Fides, 12/06/2010)
