A África é um ponto de trânsito sempre mais importante para as organizações de narcotraficantes, apesar de, no momento, a maior parte das apreensões de entorpecentes ocorrer em outras partes do mundo.
Vista a escassa eficiência das polícias africanas e a relativa recente conscientização do problema por parte dos entes locais e internacionais, pode-se supor que a quantidade das apreensões de droga na África não corresponda à entidade efetiva das cargas que transitam pelo continente.
A África, porém, não é mais somente um ponto de passagem da droga proveniente da América Latina e da Ásia em direção à Europa e à América setentrional, mas já se tornou um mercado ainda talvez “residual”, mas em todo caso que não pode ser ignorado pelas redes de narcotraficantes.
Redes nas quais estão presentes africanos, em particular nigerianos, em papéis não somente de gregários, mas também de organizadores. O crescente consumo de drogas por via endovenosa em diversos países africanos, como Tanzânia e Quênia, agrava o problema da difusão da AIDS.
Na Nigéria, por exemplo, um estudo revelou que o consumo de drogas se expande no mesmo ritmo do aumento das pessoas infetadas com o vírus HIV, em cidades como Kano e Port Harcourt.