Yangon (Agência Fides) - A vida não é fácil, marcada pela pobreza, sofrimento e limitações da própria liberdade. Mas, com pequenos passos, a pequena comunidade católica birmanesa prossegue na sua missão. Também com os tímidos sinais de esperança, como o gradual desenvolvimento da presença da Igreja na região de Kachin, no norte de Myanmar. Hoje, do originário território da diocese de Myitkyina, foi desmembrada a diocese de Banmaw, erigida em 2006: isso significa que a Igreja local está conhecendo um período de florescimento das atividades pastorais e da evangelização.
Passaram-se 150 anos desde que os primeiros religiosos da Missão Exterior de Paris (MEP) pisaram nesta região feita de montanhas e florestas inacessíveis, onde nasce o rio Irawaddy e vivem grupos de diversas etnias. Os missionários chegaram também a Banmaw, e na região pagaram um alto preço em termos de perdas humanas por causa de doenças e das difíceis condições de vida na região.
Desde o início do século XX, a comunidade católica começou a crescer e, cem anos depois, chegou a mais de 100 mil almas, em um milhão de pessoas que vivem no território. Em 1936, os missionários do MEP tiveram a ajuda dos missionários de São Colombano, que contribuíram para a evangelização e para a construção das igrejas.
Em 1971, a administração da Igreja local foi transferida de Banmaw para a cidade de Myitkyina, capital da província Kachin. E, poucos anos depois, se registrou a primeira ordenação episcopal de um padre local: pe. Paul Zinghtung Gwang, ordenado sacerdote em 1965, se tornou bispo em 1976. A pastoral continuou a se desenvolver graças a 12 padres locais, a outros missionários, e a catequistas que eram formados e depois enviados para os vilarejos.
Em 1994 foi ordenado Bispo um outro sacerdote local, pe. Philip Lasap Za Hawng, enquanto em agosto de 2006 foi criada a nova diocese de Banmaw, confiada ao bispo Dom Raymond Sumlut Gam, a 14ª na Igreja em Myanmar (PA) (Agência Fides 27/1/2007)