VATICANO - Dom Rugambwa abre a Assembleia das Pontifícias Obras Missionárias

Segunda, 29 Maio 2017 pontifícias obras missionárias   animação missionária  

Roma (Agência Fides) – “Refletiremos juntos sobre a “Missão, coração da fé cristã”, à luz da Exortação Apostólica missionária do Papa Francisco, Evangelii Gaudium. Deixemo-nos formar e a fim de que não falte jamais a coragem da conversão, do discernimento e da autêntica reforma de cada um de nós e das instituições a que servimos, ou seja, as Pontifícias Obras Missionárias”. Apresentando com estas palavras o tema de reflexão do encontro, Dom Protase Rugambwa, Secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e Presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM) abriu esta manhã os trabalhos da Assembleia geral das POM, que se realiza em Roma até sábado, 3 de junho (veja Fides 26/5/2017).
Na saudação e agradecimento a todos os que trabalham em favor das Pontifícias Obras Missionárias, o Arcebispo Rugambwa destacou: “Em plena comunhão com o Santo Padre, Papa Francisco, não deixemos de nos amimar reciprocamente para que, sem algum medo e com grande alegria, o anúncio da Páscoa de Cristo morto e ressuscitado faça da Igreja uma comunidade de reconciliados, aberta ao acolhimento de todos, sempre em saída, levando e comunicando a todos a eficácia da salvação. Ninguém fique excluído, todos no coração da evangelização, a fim de que as Igrejas redescubram no centro de sua fé cristã a única missão que lhes foi confiada pelo Senhor Jesus Cristo”.
Ilustrando um balanço das atividades desempenhadas no ano passado, o Presidente das POM mencionou a conclusão da obra de integração nos Estatutos de textos relativos a questões administrativas e financeiras; a instituição de um Comitê para desastres humanitários; os encontros continentais dos Diretores nacionais das POM, que representam um importante instrumento de confronto, verificação e crescimento de comunhão e unidade a serviço da missão e de sua animação.
Dom Rugambwa anunciou em seguida a aprovação, por parte do Estado, da proposta de convocar um Mês Missionário Extraordinário, em outubro de 2019, para comemorar o centenário da promulgação da encíclica Maximum illud e promover o compromisso missionário da Igreja em linha com a Evangelii Gaudiumâ. A Assembleia geral dedicará parte dos trabalhos ao tema, elaborando propostas para o Outubro Missionário 2019. O Presidente também agradeceu a Comissão que está trabalhando para a utilização de ‘common brand’, um logotipo único, para “nos ajudar a afirmar internacionalmente a identidade única das POM, no respeito das diferenças e exigências locais”.
Na segunda parte de seu discurso, Dom Rugambwa se deteve na apresentação de alguns desafios, recordando seu pronunciamento de cinco anos atrás: “Ainda não terminamos a nossa reflexão e nosso debate sobre as POM como obras do Papa e dos Bispos, a relação entre a Missão universal da Igreja e as POM, sua colocação e cooperação com outras forças missionárias, as legislações civis sobre órgãos de caridade e seus respectivos planos de trabalho”.
Em seguida, o Arcebispo convidou a um confronto franco e aberto sobre o futuro de instituições que não podem simplesmente se arrastar pela obsoleta repetição do ‘que se faz sempre’, e exortou à audácia e à criatividade ao discernir e repensar nossas estruturas, estilos e métodos, a redescobrir a missão como coração da fé cristã.
“No centro e nas periferias de nosso trabalho de animação, coleta e distribuição”, destacou, “devemos crescer numa sintonia e cooperação maiores, graças a uma sempre mais renovada conversão, que supere formas inadequadas e incomodas de protagonistas anti-evangélicos”.
Dom Rugambwa assim concluiu seu discurso: “Estas provocações requerem que se reflita, pense, analise e reze mais e melhor. Não se trata de fazer tudo, agora; nem de violentas reviravoltas, mas sim de uma mudança de mentalidade e de modalidade do trabalho apostólico das Pontifícias Obras Missionárias. Quanto mais colocarmos no centro de nosso interesse e de nossa paixão as verdadeiras necessidades da missão, maior será a nossa conversão, como morte do protagonismo e nascimento do serviço eclesial, fraterno e evangélico que salva”. (SL) /Agência Fides 29/5/2017)


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