Juba (Agência Fides)- Um bispo anglicano acusou o Exército do Sudão do Sul (SPLA) de estupros de massa e violências contra os civis no estado de Eastern Equatoria. “Não sabemos exatamente quantas foram violentadas, mas cinco mulheres e jovens estão internadas no Juba Teaching Hospital” declarou Paul Yugusuk, da diocese anglicana de Lomega.
Segundo testemunhas locais, os autores das violências seriam militares da guarita de Nesitu, na extrema periferia sul da capital, Juba, encarregados de proteger a circulação ao longo da estrada que conduz de Juba a Nimule, no confim com Uganda.
O ataque foi perpetrado contra a aldeia de Kubi, no eixo Juba-Nimule. Além de ter violentado mulheres e moças, algumas bem jovens, os militares prenderam e torturaram 46 homens, “42 dos quais foram sucessivamente libertados, enquanto quatro ainda estão desaparecidos”, diz o Bispo. O vilarejo foi completamente saqueado e a população se dispersou fugindo.
A ONU e as Igrejas cristãs no Sudão do Sul têm multiplicado alarmes pelas crescentes violências de matriz étnica e tribal que estão caracterizando a guerra civil entre o governo do Presidente Salva Kiir e as forças fiéis ao ex Vice-Presidente Riek Machar. Um alto oficial do SPLA se demitiu recentemente acusando Kiir de faxina étnica contra aqueles que não pertencem à sua etnia, os Dinka (veja Fides 14/2/2017). (L.M.) (Agência Fides 15/2/2017)