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Cairo (Agência Fides) – Prossegue no Egito o procedimento para submeter ao voto do Parlamento uma resolução para condenar o Genocídio armênio. Um esboço de resolução – referem fontes armênias, citando Armen Mazlumian, presidente do Comitê nacional armênio no Egito – obteve o apoio de 337 parlamentares e será apresentada à presidência da assembleia parlamentar para ser submetida aos tramites para chegar à votação, no congresso.
O processo foi iniciado com a apresentação de uma resolução parlamentar e um pronunciamento no Parlamento do deputado independente Mostafa Bakri, que em julho passado havia pedido ao governo e à assembleia parlamentar egípcios que reconhecessem a natureza de genocídio dos massacres anti-armênios na Anatólia, iniciados em 24 de abril de 1915 com o rastreamento e assassinato de centenas de intelectuais da comunidade armênia de Istambul.
Em 2015, por ocasião do centenário do genocídio armênio, o Egito também dedicou ao trágico episódio diversos livros e programas televisivos. Celebrações do Genocídio armênio por ocasião do centenário foram organizadas junto ao Parlamento sírio e ao iraniano, mas o Egito pode ser o Primeiro país de maioria islâmica a discutir uma resolução parlamentar de condenação dos extermínios anti-armênios de mais de um século atrás. As possibilidades que o Parlamento egípcio se pronuncie sobre o episódio histórico parecem ter sido favorecidas com a deterioração das relações entre Turquia e Egito, seguidas pela deposição do Presidente egípcio islâmico Mohamed Morsi, embora nos últimos tempos, Ankara enviou sinais de distensão em relação à atual liderança egípcia. (GV) (Agência Fides 30/11/2016).