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Maungdaw (Agência Fides) – As tensões no Estado Rahkine de Mianmar tiveram início em 2012, quando eclodiram violentos confrontos entre a maioria budista e os Rohingya, considerados “bengaleses ilegais”, aludindo a sua chegada de Bangladesh. As Nações Unidas estimam que existam 30 mil deslocados, quase todos pertencentes à minoria muçulmana Rohingya. Mais de 70 mil necessitam urgentemente de gêneros alimentícios. Segundo fontes internacionais, desde que foram cortadas todas as ajudas humanitárias, de 30 a 50% das três mil crianças afetadas pela desnutrição severa aguda na região correm o risco de morrer em breve tempo. A última escalada de violência se verificou em outubro passado, quando centenas de Rohingya armados de lâminas e bastões atacaram três postos de segurança. O governo confirmou a morte de mais de 100 pessoas. Na semana passada, foram utilizados helicópteros de combate contra os supostos insurgentes. Muitos na comunidade muçulmana do Estado de Rakhine estão turbados, e também os budistas estão aterrorizados. Nas regiões de conflito, onde há pouco controle, resulta precário o respeito pelos direitos humanos. Os militares não são capazes de fornecer a justa proteção e, em especial, no Estado setentrional de Rakhine. Imagens de satélite divulgadas recentemente por Human Rights Watch mostram mais de 1.000 casas Rohingya destruídas. Os ativistas Rohingya declararam que as forças de segurança estão ateando fogo a vilarejos inteiros.
(AP) (26/11/2016 Agência Fides)