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Assiut (Agência Fides) – Quatro cristãos coptas, dentre os quais um menino de 9 anos, foram sequestrados no dia 3 de outubro na cidade de Manfalut, na província de Assiut, 350 km a sul do Cairo. Os sequestradores pediram inicialmente como resgate 500 mil libras egípcias, equivalentes a mais de 50 mil euros. Segundo divulgado pela rede Watani, os familiares dos reféns foram aconselhados pela polícia a pagar o resgate se quiserem evitar que seus parentes sejam mortos pelos sequestradores. Esta é a praxe sugerida pelas forças policiais em casos deste tipo, depois que, em algumas ocasiões, os reféns foram mortos porque as famílias hesitaram em pagar o resgate pedido.
O sequestro teve uma modalidade incomum: dois dos quatro sequestrados, os irmãos Emad e Rami Lamei, trabalham no campo da construção civil e haviam sido convocados para um encontro em Manfalut, com a promessa de receber uma oferta de trabalho. Ao chegar à cidade, um parente se ofereceu para acompanha-los, com o filho de 9 anos, ao lugar do encontro. Ali estavam os sequestradores.
A chaga dos sequestros perpetrados contra membros da comunidade copta continua a deixar vítimas em todo o Egito, com uma concentração no Alto Egito, em especial nas regiões de Minya e de Assiut, onde em algumas aldeias nas margens do Nilo, os cristãos no passado foram certas vezes obrigados até a pagar “antecipadamente” quantias de dinheiro, sob ameaça de sofrer vinganças violentas. Apenas no estado de Minya, a quantia total de dinheiro destinada ao pagamento de resgates de cristãos sequestrados, de janeiro de 2011 até fins de 2014, já passou de 120 milhões de libras egípcias. (GV) (Agência Fides 5/10/2016).