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Rosário (Agência Fides) - Droga e guerrilheiros entre os cartéis mais perigosos do continente continuam envolvendo um número crescente de crianças recrutadas para o tráfico e espionagem na cidade argentina de Rosário. É um território sem lei, onde se sucedem vinganças entre as gangues de droga, assassinos, chefes da Polícia envolvidos em assassinatos e bandidos. É uma das cidades mais importantes da Argentina que de 2010 a 2014 dobrou a taxa de homicídios, atingindo 20,8% por 100 mil habitantes. Localizada na província de Santa Fé, a 300 km de Buenos Aires, com uma população de cerca de um milhão de habitantes, se transformou no ponto emblemático e mais violento do território argentino, com a produção e venda de drogas.
Segundo informações enviadas a Fides, em Rosário, os traficantes têm os "seus" bairros bunkers e vendem drogas nas torres de guarda das favelas, vigiadas por criminosos chamados de "soldadinhos", ou seja, adolescentes menores de 16 anos. Estas vítimas jovens ganham 40 euros por dia e têm a tarefa de dar o alarme sobre possíveis perigos, e passar a droga, além de usá-la. As gangues são guiadas por clãs muito poderosos, como o dos 'Los Monos'. A cocaína boliviana chega à cidade por terra, enquanto a maconha paraguaia pelo rio. A maior parte é enviada para o exterior, para os bairros de Rosário, e para os distritos mais afetados pela pobreza na periferia da cidade, onde as gangues locais estão cada vez mais envolvidas numa guerra brutal para o controle do território. (AP) (20/9/2016 Agência Fides)