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Cairo (Agência Fides) – No Egito, começam a se registrar, em várias situações locais, os efeitos – geralmente positivos – da nova lei sobre a construção e a restauração de igrejas, aprovada pelo Parlamento egípcio no dia 30 de agosto (veja Fides 31/8/2016). Os coptas da aldeia de Rahmaniyah, na cidade de Qena, tiveram sua igreja, dedicada a Virgem Maria e fechada há trinta anos, reaberta graças a uma disposição das forças de segurança locais. Entretanto, o sacerdote copta Beeman Shaker, da diocese de Shubra Al Khaimah, anunciou o início das obras de construção de uma igreja, cuja aprovação foi dada em 2002 e que até agora estava bloqueada por causa da oposição de grupos islâmicos radicais que atuam na área. Enquanto a gazeta oficial anunciou a aprovação – disposta diretamente pelo Presidente Abdel Pattah al Sisi – do projeto de construção de uma nova igreja na Cairo Nova, o novo centro urbano que ocupa 30 mil hectares no limite a sudeste da região de Cairo.
Um dos artigos mais contestados da nova lei é o que vincula a construção de novos edifícios de culto cristão, e também suas dimensões, ao número de cristãos residentes na área. Fontes coptas consultadas pela Agência Fides informam que esta disposição sofre pela ausência de um censo atualizado, capaz de apontar com exatidão a consistência numérica das comunidades cristãs espalhadas nas várias províncias egípcias. Em algumas áreas, o consistente aumento numérico das comunidades cristãs não foi registrado de nenhuma forma pelas autoridades locais. Desde a década de 90, os escritórios encarregados do censo e das estatísticas demográficas não atualizam os dados sobre a consistência numérica das comunidades cristãs egípcias, a partir da copta, que segundo alguns analistas, nos últimos anos teria abundantemente superado a marca dos dez milhões. (GV) (Agência Fides 7/9/2016)