Johanerburgo (Agência Fides) - O ANC (African National Congress), partido no poder desde 1994, data do fim do apartheid, sofreu um forte regresso nas eleições municipais de 3 de agosto. Os resultados parciais divulgados em 6 de agosto, de fato, veem o partido de Nelson Mandela perder o governo das cidades de Cidade do Cabo e Port Elizabeth em favor do principal partido da oposição Aliança Democrática (DA), que é o primeiro na lista da contagem dos votos de Johanesburgo e Pretória. Em Johanesburgo ainda existe a possibilidade da formação de um governo de coalizão porque dos dados parciais, nenhum partido parece ser capaz de obter uma vitória para governar sozinho.
A DA, partido em que se reconhece a minoria branca do país, ganhou graças ao seu novo líder Mmusi Maimane que acusou o ANC de corrupção e pelo elevado índice de desemprego que afeta a África do Sul.
Boa afirmação teve também o partido de esquerda Economic Freedom Fighters (EFF), liderado por Julius Malema, líder da juventude do ANC.
No âmbito nacional, o ANC, com 54% dos votos, ainda permanece o primeiro partido do país, mas sofreu uma queda acentuada em comparação com as eleições de 2014, quando recebeu 61% dos votos em todo o país.
O Presidente Jacob Zuma é criticado por alguns escândalos (veja Fides 2/4/2016) e pela gestão da economia.
Na véspera das eleições, os bispos católicos desejaram uma "liderança ética" para o governo das cidades e também do país (veja Fides 1/7/2016). (L. M.) (Agência Fides 6/8/2016)