Daca (Agência Fides) – Há preocupação na sociedade, nas instituições e nas comunidades religiosas com o aumento do extremismo violento em Bangladesh, depois do ataque terrorista de 1o de julho, em que foram mortos 20 reféns. Os homicídios e as ameaças contra membros das minorias religiosas (hinduístas, cristãos e budistas) parecem que não vão acabar. Como apurado por Fides, em 30 de junho, o budista Mong Shwe Lung Marma foi assassinado em Bandarban, no mesmo distrito em que o monge budista Mongsowe U Chak foi assassinado em 14 de maio.
Em 1° de julho, um líder religioso hinduísta, Shaymanonda Das, foi atacado e morto no distrito de Jhenaidah, e é o terceiro líder hinduísta a ser morto este ano. Em 2 de julho, outro líder hinduísta, Bhabasindhu Roy, foi atacado no distrito de Satkhira dentro de um templo, e ainda se encontra em condições críticas.
Além disso, um grupo banido em Bangladesh, Islamic Khalafot Mojahidin Bangladesh, difundiu entre o comércio de Daca panfletos em que ameaçam de morte quem não respeitar um elenco de regras islâmicas, difundindo preocupação sobretudo nas lojas administradas por gerentes não muçulmanos.
Numa nota enviada a Fides, a Ong “Christian Solidarity Worldwide” (CSW) afirma: “Pedimos ao governo de Bangladesh que defenda com força o espaço da sociedade civil e que adote medidas urgentes para deter a violência extremista que ameaça a vida e a liberdade dos cidadãos. Neste clima, as minorias religiosas são particularmente vulneráveis: esperamos que o governo honre a sua promessa de defender a liberdade religiosa e restabelecer a confiança no sistema judiciário”. (PA) (Agência Fides 8/7/2016)