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Bagdá (Agência Fides) – Hoje, muitos cristãos iraquianos, a convite do Patriarcado caldeu, se unem durante todo o dia ao jejum observado pelos seus concidadãos muçulmanos durante o mês sagrado do Ramadã. A iniciativa, proposta aos fiéis e a todos os cristãos alguns dias atrás com um comunicado oficial da parte do Patriarcado caldeu, pretende ser um sinal de solidariedade a todos os muçulmanos, para jejuar e rezar juntos pedindo o dom da paz e a estabilidade do país e de toda a região do Oriente Médio.
“Desta maneira”, reitera à Agência Fides o Patriarca caldeu Louis Raphael I, “queremos somente propor um gesto cristão: como cristãos, confiamos que o jejum e a oração, partilhados também com os outros, podem fazer milagres, enquanto as armas e as intervenções militares matam somente”. A iniciativa causou reações que o Patriarca as define como “paradoxais: De fora, alguns de nossos cristãos que vivem no exterior se agitaram e até nos criticaram. De muitos muçulmanos, ao invés, recebemos manifestações comovidas de gratidão. Ontem, uma mulher muçulmana, de véu, veio ao escritório me agradecer. Continuava a repetir: Estamos todos muito agradecidos, porque somos todos iraquianos”.
“Como é usual nas práticas da tradição espiritual cristã, o jejum e a oração se acompanham com os gestos de caridade: “Hoje, oferecemos, através da Caritas no Iraque, uma contribuição de 50 mil dólares em favor dos deslocados de Falluja”, disse a Fides o Primaz da Igreja caldeia, “e hoje à noite, numa paróquia, ofereceremos simbolicamente a um grupo de nossos concidadãos muçulmanos o Iftar, a refeição que encerra o jejum”. (GV) (Agência Fides 17/6/2016).
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