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Mossul (Agência Fides) – Os jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh), que ocupam Mossul desde junho de 2014, fecharam ontem pelo menos seis grandes mesquitas na área oeste da metrópole do norte do Iraque, inclusive a mesquita de az-Zahara. É o que informam fontes locais, divulgadas por Raafat al-Zarari, porta-voz do Centro Mídia Niniveh (Niniveh Media Center). O fechamento foi anunciado à população local junto com a proibição de utilizar aqueles locais de culto para as orações cotidianas. As razões do fechamento permanecem desconhecidas. Os milicianos jihadistas justificaram a ordem com as medidas de segurança e frisaram que naquela área urbana o número de mesquitas abertas é excessivo em relação à população que ficou. Mas, segundo vários observadores locais, os líderes do Daesh querem transferir para as mesquitas armas e centros de mídia, e assim, continuar a divulgar suas mensagens e vídeos. Têm a esperança de que as mesquitas sejam poupadas dos ataques aéreos da coalizão anti-Daesh.
Domingo, 24 de abril, no centro de Mossul, foi devastada com explosivos a igreja latina oficiada historicamente pelos padres dominicanos e conhecida como “a igreja da Virgem milagrosa” (veja Fides 26/4/2016). Fontes oficiais do Patriarcado caldeu atribuíram o sacrílego ato vandálico aos militantes do Daesh. Segundo fontes locais, os jihadistas do Daesh teriam evacuado a área circunstante à igreja e retirado do templo tudo o que poderia ser saqueado, antes de deflagrar os explosivos.
Em julho de 2014, em Mossul, os jihadistas destruíram também a mesquita intitulada ao Profeta Jonas, que era meta de peregrinações de muçulmanos xiitas e sunitas. (GV) (Agência Fides 29/4/2016).