Medici con l'Africa Cuamm
Lui (Agência Fides) - Continua o compromisso dos “Médicos com a África Cuamm” para ajudar os deslocados do Condado de Mundri East, no Sudão do Sul. Cuamm está trabalhando com as autoridades locais para responder às emergências cirúrgicas e obstétricas no hospital de Lui e assumindo a responsável no fornecimento e distribuição de medicamentos e materiais de consumo. Indispensável foi o lançamento com as autoridades locais de saúde de uma avaliação da situação das pessoas deslocadas que cobriu as localidades de Lozoh e Witto, onde foram estimados cerca de 14 mil deslocados provenientes principalmente de Mideh, Buagyi, Lanyi e Lui onde tinham sido saqueadas casas, mercados e unidades de saúde. A presença dos deslocados levou a um aumento no número de casos de malária e diarreia, tendo em conta as condições de higiene cada vez mais precárias causadas pela aglomeração.
Em nota enviada à Agência Fides, Fabio Manenti, médico e chefe de Médicos com a África Cuamm recentemente em missão no Sudão do Sul, conta: “num contexto tão frágil e difícil, o nosso compromisso como Cuamm permanece levar ajuda aos mais pobres. Penso nos deslocados de Lui há meses sem reservas alimentares, longe da atenção dos grandes da terra, mas tão reais e tangíveis para os nossos médicos, enfermeiros e trabalhadores humanitários envolvidos na linha de frente”.
Perante esta grave crise humanitária, Cuamm planejou uma intervenção visando tanto a comunidade quanto as unidades de saúde no município. Desde outubro do ano passado, uma equipe de funcionários do hospital de Lui, vacinadores e agentes de unidades de saúde locais realizaram campanhas de clínicas móveis para levar aos deslocados bens de primeira necessidade e envolvê-los em encontros de educação em saúde, vacinações e triagem da nutrição, em particular das crianças. Embora a situação ainda seja instável, os médicos são capazes de realizar as atividades no território e distribuir suprimentos médicos, mosquiteiros tratados e vacinas para as unidades de saúde em função e no hospital de Lui. As pessoas refugiadas estão retornando aos poucos para suas casas, mesmo apenas para passar a noite. (AP) (26/2/2016 Agência Fides)