Aifo
Cidade do Vaticano (Agência Fides) – A Igreja missionária tem uma longa tradição de assistência aos doentes de hanseníase, muitas vezes abandonados também por seus familiares, e sempre lhes ofereceu, além de cuidados médicos e assistência espiritual, possibilidade concreta de recuperação e inclusão na sociedade. Em vários países, ainda é grave a discriminação destes doentes devido à crença de que a enfermidade não é curável e às terríveis mutilações que ela provoca.
Segundo dados do último “Anuário Estatístico da Igreja”, a Igreja católica administra no mundo 611 leprosários. Por continente, são assim divididos: 201 na África, 59 nas Américas, 328 na Ásia, 22 na Europa 22 e 1 na Oceania. As nações com o maior número de leprosários são: na África, República Democrática do Congo (30), Madagascar (25), África do Sul (23); na América do Norte: Estados Unidos (2); na América central: México (11); na América central-Antilhas: Haiti (3); na América do Sul: Brasil (21), Peru (4), Equador (4); na Ásia: Índia (253), Indonésia (25), Vietnã (14); na Oceania: Papua Nova Guiné (1); na Europa: Alemanha (16), Espanha (3), Itália (1).
No último domingo de janeiro, este ano, domingo, 31, celebra-se o Dia Mundial dos doentes de lepra, instituído em 1954 pelo escritor e jornalista francês Raoul Follereau, definido “apóstolo dos leprosos”, que combateu toda forma de marginalização e injustiça. Esta 63a edição tem o slogan: “Viver é ajudar a viver”. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada ano, mais de 213.000 pessoas, das quais muitas crianças, contraem a doença. Todavia, a hanseníase é hoje uma doença curável, cuja principal causa continua sendo a pobreza e a ausência de cuidados médicos. Não se sabe exatamente o número dos doentes no mundo, pois alguns países não querem que se saiba da presença desta enfermidade em seu território. É, de toda forma, um problema de saúde importante em vários países da África, da Ásia e da América Latina.
(SL) (Agência Fides 30/01/2016)