ÁSIA/MIANMAR - O Cardeal Bo: “Eleições livres e transparentes”

Sexta, 25 Setembro 2015 política  

Yangun (Agência Fides) - A votação livre e transparente, prenúncio de uma verdadeira democracia; e que seja destinada a candidatos que estão construindo a paz, a reconciliação, o bem comum: são os desejos do cardeal Charles Maung Bo, Arcebispo de Yangun, numa mensagem divulgada em vista das eleições de 8 de novembro. Trata-se das primeiras eleições livres desde quando a junta militar deixou o poder, abrindo uma nova era política no país.
“Cinco anos atrás, uma aurora de esperança surgiu nas terras áridas do desespero. Depois de décadas de sacrifícios de sangue e lágrimas, meus irmãos e irmãs em Mianmar experimentaram a democracia”, observa o cardeal no texto enviado à Agência Fides. Embora observando que se trata de uma “democracia controlada”, de algum modo causou “mudanças encorajadoras”, diz ele.
A mensagem continua: “Através deste apelo, convido os governantes e o povo a fazerem nas próximas eleições um verdadeiro exercício de democracia. Mas a democracia é uma longa e árdua viagem. Governadores e governados precisam de acompanhamento recíproco nesta viagem”.
“O voto é um direito fundamental numa democracia”, disse o arcebispo, desejando um trabalho correto e transparente da Comissão Eleitoral. Em seguida, se detém sobre os candidatos, convidando-os a preparar-se para “servir a nação”, que é um “arco-íris de tribos coloridas e grandes religiões” e a não olhar os interesses particulares.
Neste sentido, o Cardeal identifica características específicas para rastrear os candidatos, como diretrizes para os eleitores: votar naqueles que “aplainam os caminhos para a reconciliação nacional e paz”, trabalham “salvaguardando os recursos naturais do país”, promovem o desenvolvimento integral das crianças e jovens, criando oportunidades de trabalho. Se coloca ênfase naqueles que “constrõem um sistema econômico inclusivo que é útil especialmente para os mais vulneráveis”, e um sistema de educação para o benefício de todos os grupos étnicos. Por último, se pede atenção a “uma cultura da democracia que promova ativamente os direitos humanos, a liberdade dos meios de comunicação”.
“As eleições - conclui - é uma grande oportunidade. Deixemos a paz e a justiça escorrerem como um rio, trazendo alegria e felicidade a todo o povo”. (PA) (Agência Fides 25/09/2015)


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