Abidjan (Agência Fides) – Novos disparos no centro de Bouaké. Assim afirmam à agência Fides fontes locais que dizem:”Não é ainda possível entender aquilo que está ocorrendo porque é perigoso aventurar-se pelas estradas. O que é certo é que há alguns dias se respira na cidade uma tensão pouco comum”. Outros particulares começam a aparecer sobre o assalto ao banco dos países da África do Oeste (BCEAO), que deu origem a uma verdadeira batalha entre os diversos bandos armados. Os assaltantes estavam levando o dinheiro quando a notícia do roubo se espalhou pela cidade; rapidamente uma pequena multidão se reuniu diante do instituto de crédito. Os assaltantes , para conseguirem fugir, lançaram ao ar notas de dinheiro o que criou uma certa confusão, mas que não foi suficiente para evitar grupos armados interceptassem os assaltantes e assim começou a troca de tiros.
“Vejam a que foi reduzido o País: uma terra de ninguém nas mãos de bandidos” afirma um missionário contatado pela agência Fides. “A divisão do país é agora um fato.Não é mais possível chegar até Bouaké das regiões controladas pelos soldados do governo. estou certo que se a França, que enviou à Costa do Marfim um grande contingente, decidisse intervir a situação se estabilizaria imediatamente. Muitas pessoas estão convencidas que a rebelião tenha sido instigada pela França que quer enfraquecer o Presidente Gbagdo que estava promovendo uma política econômica que ameaçava os interesses das multinacionais francesas. me pergunto: se isto for verdade, como é possível antepor os interesses de poucos àqueles de 16 milhões de habitantes da Costa do Marfim, cuja vida vem sendo afligida por um ano de guerra civil e de divisões do País?”
(L.M) (Agência Fides 1/10/2003 – linhas: 23; palavras: 288)