EUROPA/ESPANHA - “Matrimônio entre homossexuais” - Nota da Conferência Episcopal sobre a questão da objeção de consciência: “Opor-se a disposições imorais, contrárias à razão, não é ser contrário a alguém, mas amar a verdade e querer o bem de todos”

Sábado, 7 Maio 2005

Madri (Agência Fides) - “É nosso dever falar com clareza quando na Espanha quer-se retroceder no caminho da civilização, com uma disposição legal, sem precedentes, e gravemente lesiva dos direitos fundamentais do matrimônio e da família, dos jovens e dos educadores” afirmam os Bispos, numa nota do Comitê Executivo da Conferência Episcopal Espanhola, divulgada ontem, 6 de maio, e intitulada “Sobre a objeção de consciência, diante de uma lei radicalmente injusta, que corrompe a instituição do matrimônio”. Os Bispos qualificam a nova definição legal que o Parlamento quer dar ao matrimônio como “uma flagrante negação de dados antropológicos fundamentais, e um autêntico revés dos princípios morais básicos da ordem social”.
“Diante da eventual aprovação iminente de uma lei injusta - afirmam os Bispos - devemos falar novamente das conseqüências que este novo passo pode comportar”. Segundo os Bispos, esta normativa “corrompe a instituição do matrimônio”, e é na realidade, uma “falsificação legal do matrimonio”, que provocará enormes prejuízos para as crianças adotadas por estes casais.
Para os Bispos, a lei que se pretende aprovar “não teria propriamente o caráter de uma lei real, já que estaria em nítida contradição com a razão e a norma moral”, pois “a lei civil não pode entrar em contradição com a razão sem perder a força de obrigar, em consciência”. Os Bispos afirmam também que os católicos devem “se opor de modo claro e incisivo, e todos poderão reivindicar o direito à objeção de consciência. A ordem democrática deverá respeitar este direito fundamental da liberdade de consciência e garantir o seu exercício”. Os Bispos concluem afirmando que “opor-se a disposições imorais, contrárias à razão, não é ser contrário a ninguém, mas beneficiar o amor pela verdade e querer o bem de todos”. (RG) (Agência Fides 7/5/2005)


Compartilhar: