Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Todas as primeiras páginas da imprensa internacional de 20 de abril são dedicadas à eleição do novo Papa, o Cardeal alemão Joseph Ratzinger, que sucede a João Paulo II com o nome de Bento XVI. O Frankfurter Allgemeine, o jornal mais lido na Alemanha, apresenta um rico álbum fotográfico, com o título “Joseph Ratzinger é o novo Papa Bento XVI”; Die Süddeutsche Zeitung, “Bento XVI fez sua primeira homilia em latim”; Die Welt “Ratzinger celebrou a primeira missa como Papa”; Bild-Zeitung “O nosso Joseph Ratzinger é Bento XVI”. Der Spiegel apresenta uma análise sobre a “escolha Ratzinger”, abre com “João Paulo II ainda governa”, tem um artigo intitulado “Papa Bento XVI, o mundo está maravilhado com a escolha dos Cardeais” e traz uma entrevista com o teólogo Horst Herrmann “Ratzinger é Wojtyla em potência”.
A edição européia do jornal norte-americano Wall Street Journal Europe intitula “O alemão Ratzinger novo Papa. Prevê-se que aderirá ao projeto de João Paulo II”; subtítulo: “Os Cardeais mandam uma mensagem elegendo Bento XVI: reorganizar a identidade católica”.
O Financial Times abre com “Papa: um conservador alemão” seguem “Ratzinger, 78, escolhe o nome Bento XVI” e “Os progressistas católicos desiludidos”.
Na primeira página do jornal belga Le Soir lê-se: “Bento XVI, o Papa ortodoxo”, segue o artigo “Os cristãos belgas duvidam”.
O Herald Tribune, jornal americano publicado na Europa, intitula: “O Cardeal Ratzinger torna-se Bento XVI”. E sempre na primeira página, há um comentário, come se fosse uma reportagem feita na Alemanha, “O suo zelo divide as opiniões na Alemanha”.
O francês Le Monde abre com: “Bento XVI sucede a João Paulo II”, enquanto o espanhol El Pais intitula: “O Novo Papa. Bento XVI se refaz à unidade dos cristãos na sua primeira homilia”.
Crítico o inglês The Times, que abre com “Papa Bento XVI. O Papa celebrará uma Missa privada no Vaticano enquanto o mundo discute sobre a escolha controvertida do conclave” e convida os leitores a um debate “A escolha justa?”.
O New York Daily News intitula: “Temos um Papa” e coloca a foto de Ratzinger nos telões da Times Square. Outros artigos: “A alegria inunda Times Square”, “O Vaticano reforça seu lado fraco, muito” e aposta na previsão que o “Cardeal Panzer (como foi chamado pela sua intransigência) não será o Papa Panzer”.
O Chicago Tribune apresenta uma análise de Steve Kloehn “Caminhando na sombra de João Paulo”, enquanto o New York Post dá suas “Boas-vindas (escrito em alemão) ao novo Papa” e ainda: “O Cardeal Joseph Ratzinger, o guardião da ortodoxia do Vaticano por quase um quarto de século, foi eleito o 265° Papa”.
O New York Times abre com “Um cardeal alemão é escolhido como o novo Papa”, tem um artigo de Ian Fischer, que apresenta “Bento XVI” como “o estreito defensor da fé de João Paulo II” e um amplo serviço fotográfico.
O Washington Post apresenta o novo Pontífice como “Um guardião da fé à frente dos católicos” e um artigo de Kevin Sullivan e Emily Wax que fala sobre: “O terceiro mundo desiludido”.
Usa Today intitula: “O Papa celebra a sua primeira Missa. Pretende manter as reformas do Concilio Vaticano II”.
O mexicano El Universal dedica um amplo serviço a Bento XVI, que define um “Papa da linha dura e um ciumento guardião da fé”. Enquanto o La Cronica é mais duro e abre com “Ratzinger, o cardeal do ‘não’ é o Papa”.
O brasileiro Folha de S. Paulo: “Um conservador alemão é o novo Papa, Bento XVI”.
Por fim, uma análise crítica por parte dos jornais turcos, contrários à escolha de Ratzinger que, desde sempre, se opôs à entrada da Turquia na União Européia. (R.F.) (Agência Fides 20/4/2005).