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Manilha (Agência Fides) - Enquanto prossegue o conflito na ilha de Jolo, no sul das Filipinas, aonde membros da Moro National Liberation Front e do grupo “Abu Sayyaf” são protagonistas de violentos combates com as tropas de Manilha, a comunidade católica filipina reza pela paz, pede o cessar-fogo e deseja a reconciliação com os “irmãos muçulmanos”, como os define o Arcebispo de Manilha, Dom Gaudencio Rosales, em sua mensagem para a Quaresma 2005.
O Arcebispo afirma: “Estes quarenta dias de Quaresma são sagrados para nós como o Ramadã para nossos irmãos e irmãs muçulmanos”. O Arcebispo exorta a viver este tempo ‘em espírito de oração e generosidade”, fazendo sacrifícios pela sua disciplina. Para muitos fiéis, destaca Dom Rosales, “a vida já é um sacrifício”, e “o Senhor vê na libertação dos oprimidos, na partilha do pão com o faminto, e no acolhimento, “formas especiais de jejum e sacrifício”. A Quaresma, segundo o Arcebispo, deve ser o tempo em que “cuidamos uns dos outros”. Inclusive dos irmãos mais pobres, que sofrem a miséria e estão desabrigados no Sul do país, aonde o conflito entre separatistas e tropas regulares atravessa uma nova fase de violência. Por isso, a Conferência Episcopal difundiu uma mensagem em que condena os atentados com dinamite que recentemente abalaram o país (nas cidades Manilha, Davao, General Santos), que “matam civis inocentes” e violam claramente “os ensinamentos de Deus e de Allah”, pedindo para incrementar a proteção de lugares públicos, como escolas e Igrejas. Muitos representantes da Igreja, sacerdotes e leigos, pediram o cessar-fogo e a retomada do diálogo para o conflito do Sul.
(PA) (Agência Fides 24/2/2005)
