ÁFRICA/EGITO – Governo: o destino dos coptas sequestrados na Líbia permanece incerto

Sábado, 14 Fevereiro 2015

Cairo (Agência Fides) - Enquanto os jihadistas do ramo líbio do Estado islâmico tomam o controle da cidade de Sirte, o destino de 21 cristãos sequestrados na Líbia e mantidos como reféns permanece incerto. Foi o que informou na sexta-feira 13 de fevereiro, o primeiro-ministro egípcio Ibrahim Mahlab numa declaração - lançada pela mídia nacional - na qual ele também reiterou que as autoridades egípcias estão acompanhando de perto a situação, de acordo com as instruções dadas pelo Presidente Abdel Fattah Al Sisi. Na quinta-feira, o site dos jihadistas difundiram o número 7 de Dabiq, revista oficial on-line do Estado Islâmico que publica fotos dos sequestrados vestidos com cor laranja e mantidos reféns por homens armados e encapuzados. O artigo delirante que acompanhava as fotos fazia intuir a intenção dos jihadistas de matar os reféns. O artigo acusava os cristãos coptas - definidos como “cruzados do Egito” de terem no passado obrigado com violência algumas mulheres coptas a negar a sua conversão ao Islã. O texto cita também o ataque perpetrado em 2010 pelos terroristas de al-Qaeda à catedral sírio-católica de Bagdá, apresentado como uma primeira “vingança” pelas presumíveis violências dos coptas no Egito. No dia de ontem, as famílias dos coptas reféns – que foram sequestrados nas redondezas da cidade líbica de Sirte, no início de janeiro – fizeram uma manifestação de protesto, em Cidade do Cairo, contra o governo, acusado de tratar com desinteresse o episódio. Entretanto, intervindo telefonicamente em um programa de TV, o conselheiro presidencial para questões tribais, Ahmed Taram, informou que segundo alguns líderes tribais contatados na Líbia, os coptas reféns estariam vivos e ainda há margens para tentar uma negociação que leve à sua libertação. (GV) Agência Fides 14/2/2015).


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